quinta-feira, 16 de junho de 2011

Thaís Morelli: Cores e movimentos das Giras de Exu em Petrópolis

Evandro Pereira

Thaís Morelli é formada em Comunicação pela UFF e foi aluna e multiplicadora na Escola de Fotógrafos Populares da Maré, curso administrado pelo premiado fotógrafo João Roberto Ripper. Thaís sempre manifestou uma grande abrangência na escolha de temas para suas imagens, e seus múltiplos interesses a levaram a retratar centros de Umbanda em seu trabalho de conclusão de curso - trabalho exposto no Controversas.

Sem preconceitos - e também religião própria - Thaís frequentou diversos terreiros em Petrópolis, carregando, além da câmera, a curiosidade que a acompanhava desde a infância e a intenção de registrar os rituais sob um enfoque antropológico.

 

Uma das imagens de sessões de umbanda
que Thais Morell vai mostrar no evento

Após superar suspeitas e restrições iniciais, capturou cores e movimentos em meio à penumbra. Giras de Exu, as que Thaís mais gostava de fotografar, geralmente ocorriam à noite e à meia-luz, o que dificultava a captura das imagens.

Como várias fotos ficaram borradas, em detrimento de quaisquer explicações técnicas, os devotos limitavam-se a afirmar que o "Exu não gosta de aparecer em foto". Por obra de alguma entidade ou por simples acaso, fato é que uma lente tornou-se completamente inutilizável após algumas sessões...

Avisos à parte, ela persistiu e, ao fotografar os ritos, lançou luz sobre a Umbanda, que ganha espaço como religião em velocidade diretamente proporcional ao preconceito que a cerca.

No Controversas Thaís provará que, sim, alguns Exus gostam de aparecer em fotos.

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