sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O futuro do jornalismo para Risoletta Miranda

Laís Ramos
Risoletta Miranda, uma apaixonada por tecnologia

Em uma mesa de discussão na qual os palestrantes falavam sobre os rumos do jornalismo impresso com a disseminação da Internet, ela se dividia entre seus gadgets (um Ipad e um celular), a ansiedade para assistir o jogo do Botafogo e a curiosidade de jornalista em prestar atenção em tudo que a cercava. Aos 40 anos, a paraense Risoletta Miranda é aficionada por tecnologia e sabe muito bem utilizá-la em sua profissão: atualmente é diretora executiva da FSB PR Digital (área digital da agência FSB Comunicações) e colunista de dois portais. Seu currículo inclui a criação de uma metodologia que permite criar campanhas online para empresas e medir sua eficácia – a Virtual Relationship Management (VRM). Em entrevista realizada no evento Controversas – Semana UFF de Jornalismo, a jornalista falou sobre a nova e antiga geração de jornalistas e suas atuações dentro do mundo virtual e  no jornalismo.
Risoletta, durante a palestra o termo “dinossauro” foi muito utilizado para a turma do jornalismo mais antiga. Você acha que realmente é mais difícil para essas pessoas se adequarem às novas tecnologias?
Risoletta: Se você é jornalista deve se interessar por informação. É um preço que pagamos pelo que amamos. Tenho quarenta anos e meu primeiro contato com a Internet foi em 1997. A primeira coisa que disse foi “caramba vai ser tudo” (risos), e hoje em dia tenho uma empresa de internet. Fiquei impressionada porque os textos são anárquicos, por conter hiperlinks, mas fazem tanto sentido quanto os lineares. Percebi ali uma oportunidade para o conhecimento. Não é difícil, basta gostar.
Você acredita que o Homo Digitalis, que faz parte dessa nova geração, substituirá os antigos jornalistas, que tiveram que aprender a utilizar as diversas tecnologias para o jornalismo de uma hora para outra?
Risoletta: De maneira alguma. O Homo Digitalis é o ser que faz tudo conectado e várias coisas ao mesmo tempo. Porém, todas as gerações ainda podem ser jornalistas, basta que o profissional tenha competência e queira produzir conteúdo e informação. O jornalista é “um bicho que se interessa por qualquer tipo de informação”, logo, essa curiosidade o permitirá conhecer as novas tecnologias.
A geração atual é blogueira e publica diversos conteúdos sem a rigidez da apuração jornalística. Isso é um risco futuro para o jornalismo?
Não, desde que todos atendam aos princípios do jornalismo, em destaque a ética e responsabilidade. Devemos ter muito cuidado com o “primeiro se publica, depois apura”, que caracteriza uma mudança na mentalidade dos profissionais das novas mídias. 

2 comentários:

  1. Eu já estava ansioso pela participação da Risoletta na Controversas e confesso que fiquei ainda mais empolgado quando a vi e ouvi pessoalmente! A mulher é nota dez! Queria ter uma chefinha assim! Profª Larissa, a Rizzo não pode faltar na próxima!

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