terça-feira, 30 de novembro de 2010

O esporte como objetivo de vida

Patrícia Angélica

Manoela Penna, sócia-diretora da Media Guide, responsável pelas contas do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) e da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), contou na mesa sobre esportes da Controversas que seu maior sonho, durante boa parte da infância e da adolescência, era ganhar uma medalha olímpica. “Mas eu era muito perna de pau em todos os esportes, então decidi que minha medalha viria contando histórias”, disse, justificando sua escolha pelo jornalismo esportivo na abertura da mesa. Filha de dois jornalistas, seu sonho era ser repórter, como o pai. Mas depois de alguns anos foi para a assessoria, que considerava chata na infância, e não saiu mais, como sua mãe.

Sua primeira experiência com esportes no jornalismo se deu como para a maioria daqueles que desejam ingressar na área: no Diário LANCE!. À certa altura da carreira, fez uma prova para o Jornal do Brasil e passou. Ia trabalhar na editoria de Cidade, mas mudou de idéia depois de uma conversa com seu chefe no LANCE! E ele lhe perguntou o que ela queria fazer de verdade. Sem titubear, Manoela disse que queria cobrir Esporte e ele deu-lhe um conselho: “seja muito boa fazendo Esporte desde o começo”.

Quando foi trabalhar na CBJ, Manoela fazia de tudo. Cuidava da a agenda de todos os atletas da Seleção e os deixava sempre muito acessíveis à imprensa, com o objetivo de colocar o judô na agenda dos jornais. Hoje, a coisa mudou um pouco, ela faz apenas um meio de campo entre as assessorias dos atletas e seus patrocinadores e os jornalistas, além de ter formatado com mais rigidez o acesso da imprensa aos atletas e seus horários. Tal estratégia tem sido usada também no CPB, mas como o Comitê Paraolímpico ainda não é tão pautado, a relação com a imprensa ainda é de acesso e disponibilidade total.

Ainda no CPB, Manoela usa uma nova estratégia. Ao assumir, fez uma pesquisa com repórteres para saber como é que os esportes paraolímpicos são vistos por eles. A partir disso, começou a convidar repórteres, com passagem e hospedagem pagas pelo comitê,  para assistir competições paraolímpicas. A ideia era mostrar que o esporte paraolímpico é atividade de alto rendimento, não apenas filantropia.

Manoela trabalhou por muito tempo em relação direta com atletas. Conviveu e conheceu a fundo muitos dos dramas vividos por eles. Ouça no link abaixo um depoimento de Manoela Penna sobre um dos momentos mais emocionantes que ela passou ao lado dos atletas:



Manoela Penna, durante a palestra, e, na segunda foto,
posando para foto ao lado da repórter Patrícia Angélica



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