quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Liriane Rodrigues : "o rádio é uma cachaça"

Juliana Batista



Nem  em jornalismo eu pensava, quem teve a ideia do curso foi a minha mãe”. E assim Liriane Rodrigues, repórter da Rádio CBN, contou como começou sua carreira de jornalista. Ex-aluna da Universidade Federal Fluminense, Liriane vai compor a mesa “Reportagem na Geral”, às 16h, no Controversas. O debate contará também com a presença de Custódio Coimbra, fotógrafo do jornal O Globo, Sérgio Torres, repórter do Estado de São Paulo e Nilson Proviette, motorista da CBN

Liriane começou como estagiária do jornal O Fluminense, e lá foi efetivada. Com a indicação do chefe, ela foi direto para Rádio CBN. Nunca tinha pensado em trabalhar lá, sua paixão era o impresso até então, e no começo ainda sentiu muita falta. Segundo ela, no impresso a apuração é maior, com mais detalhes. Já no rádio, pela exigência da velocidade, é necessário selecionar as informações mais importantes e dar a notícia em 30 ou 40 segundos, no máximo, dois minutos. Ela conta que seu primeiro dia foi assustador. “Com cinco minutos de rádio, meu chefe me mandou entrar no ar e dar o trânsito. Eu tremia, que vergonha, todo mundo dentro da redação me olhando!”, conta a repórter que já tem três anos de casa.

Apesar de sua função principal ser a reportagem nas ruas, ela já fez um pouco de tudo: produção, chefia de reportagem, ancoragem, apuração e conteúdo para o site. Quando questionada sobre trabalhar num veiculo do Sistema Globo, Liriane é clara. “Quando eu digo que sou da CBN, ou da Rádio Globo, as pessoas têm uma postura diferente. Elas pensam mais para dar a resposta, pela repercussão que a notícia poderá ter. Dizer que o veículo em que você trabalha não faz diferença, é mentira, faz sim”, explica.

A paixão pelo rádiojornalismo, hoje, é indiscutível. “No rádio, as notícias são imediatas e você pode entrar no ar com um simples celular. Uma vez, estava jantando em Copacabana quando começou uma chuva e tudo ficou alagado. Liguei para rádio, e já entrei no ar falando como estava a situação por lá.” Liriane também fez coberturas de reportagens importantes durante este ano, como as tragédias da Região Serrana e a chacina em Realengo. Depois qe foi para a CBN, ela já recebeu propostas de outros veículos, mas não aceitou. Considera que “rádio é como cachaça, te vicia.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário