quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mesa sobre Ciência fecha primeiro dia do Controversas

Raquel Amaral

Psicologia, Biologia e Medicina pautaram a última mesa do dia 19 de outubro. A partir do pedido da ex-professora da casa Erica Werneck, que propôs um jornalismo sem rótulos, as ciências foram tratadas pelos convidados como mais um estilo do vasto campo jornalístico. Outra palestrante, a premiada Alícia Ivanissevich comentou sobre as dificuldades de aprender a “traduzir” os textos que recebia: “foi preciso alinhar os estudos no Wellcome Centre for Medical Science com a prática jornalística para enfim entender e conseguir passar esse conhecimento para as pessoas”.

Ivanissevich também dividiu com os presentes a sua experiência com a revista Ciência Hoje: “estávamos interessados em trazer para o público leigo a oportunidade de discussões de pesquisas acadêmicas. Por isso, a troca de conhecimento entre jornalistas e pesquisadores é um dos pontos de destaque da publicação”. Atualmente, a jornalista é editora executiva da Ciência Hoje.

Já Heliete Vaitsman trouxe à tona um assunto bastante discutido atualmente nas matérias de Ciências: o uso indiscriminado de remédios para psicopatologias. Segundo a jornalista, “é preciso ter cuidado com o que se recebe das mãos de industrias farmacêuticas. Todos querem vender o seu produto e o jornalista, sem querer, pode contribuir para a automedicação. Os resultados podem ser desastrosos”, alertou. 
O único não-jornalista a compor a mesa, o professor Paulo Protásio completou a discussão mostrando o outro lado da cobertura de ciência. De acordo com ele, “a divulgação de pesquisas por parte dos jornais é um incentivo ao trabalho científico e permite a aproximação de leigos com o assunto. É a oportunidade de instigar a curiosidade dos leitores”, finalizou o engenheiro.

O professor João Batista, que mediou o debate, finalizou a apresentação lende uma carta da jornalista Ana Lúcia Azevedo. Convidada para participar da mesa, a editora de História e Ciência do Globo não pode comparecer porque sofreu um acidente e torceu o pé, mas escreveu se desculpando e contando um pouco da sua história no jornalismo.


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